Depois
de me encantar com toda beleza da nossa Caatinga, depois de comprovar
sua importância para o nosso país e de me orgulhar de fazer parte desse
bioma único no Brasil, e por que não dizer do mundo, não poderia deixar
de registrar a minha indignação pelo desprezo com que esse ecossistema
vem sendo tratado e pela dolorosa comprovação de que a Caatinga
encontra-se extremamente degradada!
Os
números são alarmantes quando se fala dessa degradação ambiental da
Caatinga. Segundo estimativas do Ministério do Meio Ambiente, cerca de
70% da Caatinga já foi alterada pelo homem e pouco mais de 1% de sua
área está protegida em unidades de conservação. Esses números conferem à
Caatinga a condição de ecossistema brasileiro menos preservado e um
dos mais degradados do mundo.
DESERTIFICAÇÃO DA CAATINGA
O uso dos recursos da flora e da fauna pelas necessidades do homem nordestino residente na área conhecida como o Polígono das Secas ( que inclui grande parte do Nordeste e ainda parte do Norte de Minas) é uma constante, já que ele não encontra formas alternativas para o seu sustento. Esse uso é antigo, vindo desde a colonização e, ainda hoje, é grande sua importância social para o sustento dessas famílias. Como consequência, a cobertura vegetal está atualmente reduzida a menos de 50% da área dos estados e a taxa anual de desmatamento é de aproximadamente meio milhão de hectares.
A AMEAÇADA FAUNA DA CAATINGA
O
desmatamento, as queimadas destroem o habitat natural das espécies que
vivem na Caatinga; a caça de subsistência e predatória, que ocorre
principalmente durante as grandes secas periódicas, são de fato os
principais fatores responsáveis pela extinção da maioria dos animais de
médio e grande portes do bioma. A lista desses animais é grande. Alguns
como a Ararinha Azul vista pela última vez na natureza, em 2000, já
foi considerada extinta pelo IBAMA. Alguns pesquisadores afirmam que o
Gato do Mato também já foi extinto da Caatinga. Outros animais estão em
situação de grande risco de extinção como: a Arara-Azul- de-Lear, a
Arara Maracanã, o Soldadinho do Araripe (espécie só existente na Chapada
do Araripe) o Tatu Bola ( endêmico da Caatinga), o Bicho Preguiça, o
Guigó da Caatinga, a Onça Parda. o Gato Maracajá e o Gato do Mato.
ARARA-AZUL-DE-LEAR
ARARA MARACANÃ
SOLDADINHO DO ARARIPE
TATU BOLA
BICHO PREGUIÇA
GUIGÓ DA CAATINGA
ONÇA PARDA (SUÇUARANA)
GATO MARACAJÁ
GATO DO MATO
A AMEAÇADA FLORA DA CAATINGA
Além
da fauna, a flora também tem sido historicamente ameaçada pela ação do
homem, seja por meio da utilização dos produtos madeireiros, como a
extração de lenha para a fabricação de carvão (a lenha e o carvão vegetal, juntos, são a segunda fonte de energia na região, perdendo somente para a eletricidade), para
a construção de estacas com que delimitam propriedades, fazem
chiqueiros e corredores para os animais ou mesmo para uso na construção
de casas.
Muitas árvores centenárias são derrubadas pelos agricultores para a retirada do mel produzida peles abelhas nativas. O Imbuzeiro e a Baraúna sofrem com essa atividade, porque possuem no interior do seu tronco "ocos" onde as abelhas fazem suas colmeias. Isso sem contar com a agricultura de subsistência, que utiliza a famigerada técnica da queimada – todos fatores contrários à preservação ambiental.
A QUEIMADA E A TROCA MATA PELA
AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA
É imprescindível e urgente levar informações importantes a médios e pequenos produtores rurais sobre o uso racional e adequado dos recursos da caatinga, através do manejo florestal, como alternativa viável, permitindo que uma mesma área possa fornecer, de maneira constante, os recursos necessários sem a necessidade de destruição de outras áreas.
PRODUÇÃO DO CARVÃO VEGETAL
Outras
necessidades levam homem sertanejo a usar a flora da região porque
eles dependem daquilo que a caatinga lhes propícia: além dessa retirada
de produtos madeireiros se utilizam dos não madeireiros como os frutas,
plantas medicinais, mel, sementes, etc... Até
mesmo as roupas e apetrechos dos vaqueiros são curtidos com a golda de
Aroeira e a cinza da Baraúna. Além disso, a vegetação é utilizada como
fonte de alimento para os animais.
Muitas árvores centenárias são derrubadas pelos agricultores para a retirada do mel produzida peles abelhas nativas. O Imbuzeiro e a Baraúna sofrem com essa atividade, porque possuem no interior do seu tronco "ocos" onde as abelhas fazem suas colmeias. Isso sem contar com a agricultura de subsistência, que utiliza a famigerada técnica da queimada – todos fatores contrários à preservação ambiental.
o DESMATAMENTO PARA ATENDER
AS NECESSIDADES DO SERTANEJO E DOS ANIMAIS
AS NECESSIDADES DO SERTANEJO E DOS ANIMAIS
O corte indiscriminado da madeira , as queimadas e a troca da mata por plantações, contribuem para a destruição da caatinga, tornando a vida no semiárido mais difícil. A falta de informações técnicas sobre o manejo florestal contribui ainda mais para o aumento da degradação ambiental.
A QUEIMADA E A TROCA MATA PELA
AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA
É imprescindível e urgente levar informações importantes a médios e pequenos produtores rurais sobre o uso racional e adequado dos recursos da caatinga, através do manejo florestal, como alternativa viável, permitindo que uma mesma área possa fornecer, de maneira constante, os recursos necessários sem a necessidade de destruição de outras áreas.
ESPÉCIES DA FLORA AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO
AROEIRA
MORORÓ DO SERTÃO
BARAÚNA
FONTES:
- Pesquisas Google - wikipédia
- Fatos e Fotos da Caatinga - http:/fatosefotosdacaatinga.blogspot.com
- Seres Vivos do Rio Grande do Norte -http:/seresvivosdorn.blogspot.com
- Meliponário Braz -http:/urucueabelhasnativas.blogspot.com
- Blog do Didi -http:/fagundeslima,blogspot.com
- van de Oliveira - Revista da FIEC -Ano 3-Edição 25-Junho de 2009-Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Ceará.
- Rômulo Cavalcanti Braga - Plantas nativas da Caatinga, bioma rico e pouco conhecido-27/10/2010 -www.paisagismodigetal.com /noticias/default.aspx?
- IbAMA - Ecossistemas Brasileiras:caatinga -www.ibama.gov.br/ecossistemascaating Grandes Biomas do Brasil -http:/4bp.blogspot.com-Caatinga
- João Ambrósio de Araújo Filho - Potencial Forrageiro da Caatinga Úniversidade Estadual do Vale do Acarai (UVA)
- Mauro Pichorim - Fundação Boticário e FUNPEC ( Fundação de Pesquisa e Cultura- da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
- Ministério do Meio Ambiente. Curso sobre análise de planos de manejo florestal sustentável no bioma Caatinga. Paraíba: Secretaria de Biodiversidade e Florestas, Departamento de Florestas, 2008.
FOTOS:
- Imagens Google
- Acervo do Site: Fatos e Fotos da Caatinga - http:/fatosefotosdacaatinga.blogspot.com
- Edição de Fotos: Site Pic Monkey
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